Noutro dia, em uma reportagem, se pensava e se inquiria
acerca do amor e do que ele seria. Mais uma vez, a metáfora do “príncipe no
cavalo branco” apareceu como sendo aquela sensação que uma mulher sente ao ver
o homem amado.
Mas que diabo de sensação é essa? Se nunca se sentiu, como
saber que é a sensação da certeza? – supondo, é claro, que ela exista.
Lembrei do Lago dos cisnes... Só o beijo de um verdadeiro
amor a libertaria... A Bela Adormecida também parte desse pressuposto... Aliás,
no espectro do conto de fadas, é uma “verdade” que o verdadeiro amor rompe
qualquer maldição. E, esse verdadeiro amor é posto à prova, por meio das
maldades impetradas pelos pérfidos corações que se interpõem à felicidade do
casal.
O Bem sempre vence e eles vivem felizes para sempre. Mas
antes, obstáculos lhes foram impostos e o beijo traz a confirmação objetiva,
racional – dentro da esfera fantástica –, de que foram feitos um para o outro. Interessante,
para elas não há incertezas, pois existe um critério objetivo: se for o
verdadeiro amor, o feitiço se desfaz, por encanto!
Assim todas nós desejaríamos que fosse a vida. Imagine como
a vida das pessoas seria fácil. Na primeira briga de um casal encantado, nenhum
dos dois ficaria com minhocas do tipo: “será que ele me ama?”, “será que ele
ainda me ama?”, “será que devemos ficar juntos?”, “devo me casar com ele?”, “é
realmente ele o amor da minha
vida?”.
Os casais se concentrariam em seus problemas e não na
incerteza de um sentimento, afinal, ele já fora provado e aprovado de forma
objetiva!
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