sábado, 20 de julho de 2013

Um mar de sentimentos e o mar que são os sentimentos



Outro dia, amiga de longa data, falando sobre os sentimentos, afirmou que eles, por vezes, se apresentam como o mar, em sucessivas ondas, ora mais fortes, ora mais fracas, mais intensas, menos... enganadoramente tranquilas águas que, de repente, estouram em cima de nós; por vezes, o mar é duplamente traiçoeiro, pois além de vir com uma força imensa, nos empurrando para fora dele, também pode, por vezes, desejar nos engolfar, levar-nos para dentro, para o fundo. Os sentimentos podem nos submergir e nos afogar.Entretanto, a nossa experiência diz que, no mais das vezes, o mar nos desequilibra, nos fazer cair, mas não nos leva consigo.

Essa minha amiga, com sua experiência, estava falando justamente sobre como nunca sabemos como os sentimentos irão nos afetar, qual a sua intensidade antes de experimentá-los. E, como ao experimentá-los, mesmo assim, não se pode ter certeza absoluta até estarmos imersos neles, sentindo sua força, sua temperatura. Todos os sentimentos são o nosso mar interno: calmo e caloroso, violento e frio. Tempestuoso, escuro, claro, límpido, sujo... Como no mar, eles virão sob a aparência das ondas e, então, sabemos que os sentimentos podem se alterar.Sabe o que essa minha amiga disse que aprendera: a sentar e observar. Sim, não adentrar no mar sem observá-lo antes. Senti-lo aos poucos, senti-lo invadir-lhe o corpo. Algumas vezes, então, vamos saber que podemos mergulhar, outras vezes, que devemos nos afastar, ou morreremos afogados. Entretanto, a maior lição é que, se hoje o mar está violento, amanhã ele pode estar calmo, com destroços dentro, mas amistoso.



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