Eu
ando lendo Alberoni. Não digo que concorde com tudo aquilo que diz, tanto sobre
o erotismo feminino quanto masculino. Porém, há coisas válidas nesse tipo de
leitura, da qual não concordamos integralmente ou, até, discordamos. Por
exemplo, sobre o encontro de amantes, ele tem algumas asserções bastante
interessantes e capazes de fazer pensar. Lá pelas tantas, ele diz que o (a)
amante é um refúgio do mundo. É um momento de isolar-se com o outro, o momento
– ou deveria ser – do exercício do puro erotismo. Para lá da entrega, existe o
não-existir além daquele lugar de encontro. Nada há mais no mundo do que o
outro e aquele momento com o outro.
O
autor falava na verdade, do amante enquanto “categoria” social. No entanto,
isso não exclui aqueles que se encontram no estado de “amantes”: ou seja,
aquele momento de enamoramento de ânsia e prazer de estar junto daquele que
amamos ou por quem nos apaixonamos.