- Meu bom Deus, para quê servem as cólicas?
- São uma amostra grátis do que te espera na
hora do parto, Eva...
Gabrielle Villiers não se dá bem com plantas. Mas suas flores são de outra natureza. Talvez não sejam tão bonitas, vistosas ou interessantes, mas ela não liga, não muito!
segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Transmutar.
E passa o que deve passar...
Só não passa aquilo que não deixamos
passar, sem permissão para nos transpassar e, assim, nos atravessar e se ir...
Ficando, então, não apenas no passado, mas também já distante do coração.
“O que os olhos não veem o coração não
sente”, já diz o batido ditado. Entretanto, nós temos muitas maneiras de tornar
a ver aquilo que não deveríamos mais olhar e, para isso, nem precisamos dos
olhos – essa janela para a alma...
Há outras maneiras de deixar entrar: um
perfume, uma palavra, um gosto. Qualquer dessas coisas traz recordações à
mente.
sábado, 25 de maio de 2013
Entretempo
O som irritantemente ritmado das gotas
de água, da torneira antiga, que já encheram há muito a vasilha vazia.
Um teto de chumbo, um ventilador azul. Suas
pás movem-se lentamente, como num grande esforço para manterem-se ativas. Olhos
nas pás, ouvidos na torneira mal fechada. Cães ladram insistentemente no meio
da tarde.
Tédio, apatia? Melancolia. Aquela dor no
fundo do ser, alojada num recôndito do corpo, sendo perturbada pelo ruído: poc...,
poc..., poc...
E as pás girando, embora o clima seja agradável
e o céu azul com nuvens brancas que se movem rapidamente.
Coração doido, entristecido. Uma falta
de ar seguida de um suspiro longo e profundo.
O tempo ido.
Sonhos tecidos.
Nossos amores esquecidos,
em tempos idos;
corações carcomidos.
Rima fácil,
amor inábil.
Nossos amores esquecidos,
em tempos idos;
corações carcomidos.
Rima fácil,
amor inábil.
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